Havia
antigamente, contam, uma moça que o demônio emprenhara e que depois deu à luz o
dragão. Foi crescendo então aquele dragão sem nunca deixar a mãe. Para onde a
mãe ia, ele ia. Queriam tirá-lo da mãe e não o podiam.
Por
isso, mandou que ele subisse a uma sorveira e então fugiu dele. Contam que
chorou e pediu à avó.
—
Minha avó, me dá minha mãe...
A
avó respondeu:
—
Eu não sei onde ela está. Contam que depois dissera:
—
Eu já vou, minha avó. Não queres me dar minha mãe, ouve então quando eu gritar
e me responde.
Voou
logo para o céu.
Já
quando ia alta a noite ele gritou e a velha estando a dormir não ouviu. Quando
pela terceira vez estava para extinguir-se a voz, a velha acordou.
É
por isso que a gente não perde a pele e só isso acontece com aquilo que
respondeu, como lagartos, cobras e árvores.
Hoje
ele aparece no céu.
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