A suprema excelência do amor
Paráfrase (tradução livre) do capítulo 13 da Epístola de Paulo aos Coríntios, carta esta que serviu de inspiração ao saudoso cantor Renato Russo, em sua bela canção “Monte Castelo”.
Ainda que eu fosse um exímio poliglota, a ponto de falar todas as línguas existentes na face da terra, se não tivesse amor, a minha sabedoria teria menos valor que o estrume...
Ainda que eu fosse o mais célebre dos cientistas; e mesmo que descobrisse uma fórmula única para aniquilar todas as moléstias do mundo, se não tivesse amor, seria o mais desprezível dos homens...
Ainda que pudesse realizar grandes sinais e prodígios; e mesmo que conhecesse o passado e o futuro, se não tivesse amor, viveria na plenitude do devaneio e da ilusão...
Ainda que eu fizesse o mais grandioso sacrifício em prol da humanidade; e mesmo que entregasse a minha própria vida para benefício dos homens, se não tivesse amor, todas as minhas obras não passariam de uma inútil luta contra o vento...
O amor conta até dez antes de irar-se com o próximo; o amor nunca vê o outro como concorrente; amor faz com que o amante não sinta inseguro mesmo que sua amada passe pelo meio de um batalhão de galãs; o amor não usa sapato alto, nem vive no pedestal do orgulho; o amor deseja tanto para os outros o quanto quer para si; o amor nunca retribui na mesma medida a quem nos faz o mal; o amor não ri do mendigo ou do bêbado que perambulam pelas ruas e viadutos das cidades; o amor prefere a verdade doída a uma mentira prazerosa...
O amor é o único sentimento que nos acompanhará até à eternidade...
Profecia, língua, ciência, poder, unção, barulho, curas, maravilhas, sinais, prodígios, sabedoria, crença, religiosidade menos amor é igual ao zero no infinito; tudo desaparecerá, menos o amor...
Reine, pois, o amor sobre todas as coisas.
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Por: Iba Mendes (2001)
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