A fala humana não altera a direção do vento
“Julguem os homens e falem de ti como lhes aprouver: suas palavras não transporão as estreitas regiões terrestres, nem se renovará o seu eco; morrerá com uma geração, extinguindo-se no esquecimento da posteridade” (Cícero, “Da República”).
Sinceramente
não consigo entender o porquê de tantas pessoas passarem uma noite inteira sem
dormir só pelo fato de alguém ter falado mal delas. Sim, pois, o quem dizem de
mim em nada alterará a direção do vento. Apesar de tudo, o Sol continuará
brilhando com todo o seu fulgor, e as ondas do mar permanecerão em grande
afluência, agitando-se conforme as leis da natureza.
Filho
da puta, burro, chato, veado, canalha... Que falem
de mim, que desçam as águas das injúrias, que desabem os precipícios das
discórdias, que descarreguem os trovões das injustiças, que se movam os vulcões
das bocas difamatórias, todavia, como um ingênuo peixinho que não se incomoda
com o barulho das águas, da mesma forma ignorarei os gritos daqueles que, para viver, precisam
falar, e falar, e falar, e falar...até que o túmulo os façam calar, e calar, e
calar, e calar...
É isso!
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Por: Iba Mendes (2005)
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