![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia-yjifubf83MM383NELARJLJXezDDiuMZenLaAG3dD6v7zsmFxW36OTysDpyYeKlgRy577U51Ba_LEU5Wb_O4BWekiPDi73ZRjEr5Vq4oLwAlFRe0cmKEU7OpHzrkdzPOlbpTZ1dKg4rT/s1600/taja-emilio-1.jpg)
Assinante
Foi nos tempos de miséria de José de Patrocínio e Emílio de Menezes.
Os dois grandes vultos da literatura
nacional, tentando a vida como tantos outros, tinham fundado um jornaleco, um
jornal de combate, que contava apenas com um assinante e com dois anúncios
avulsos e muitos variáveis.
Um dia, da janela do quarto, os
dois “jornalistas” estavam a olhar a rua quando, inesperadamente, passou diante
deles um carro fúnebre sobre o qual ia um caixão. Patrocínio olhou Emílio bem
nos olhos. E depois, como traduzindo o pensamento de ambos, um deles falou:
— Permita Deus que aquele no seja o nosso assinante...
---
Revista Shimmy, 23 agosto de 1928.
Pesquisa e adequação ortográfica: Iba Mendes (2019)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, críticas e outras coisas...