![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjirF4MefniH7l29nSJ86kRbFeE7p6QX1lzZpk0E9a__dxEG_hw7NKhE_8jUUr82T2a9V3fPfZ6kMTveqFPi8mjTrmIhawNFtVhmIJt3erv6cZPLl2I8MDLHxhcQqb37sgSK_uy2PixcnQg/s640/taja-trovas.jpg)
Cantiga Popular
(1928)
Quem se condói do meu fado
Vê
bem como agora eu ando:
De
noite sempre acordado,
De
dia sempre sonhando.
O
amor perturbou-me tanto
Que
este contraste deploro:
Querendo
chorar — eu canto,
Querendo
cantar — eu choro.
Sujeito
à lei de pesares,
Não
sei se morro ou se vivo;
Senhor
dos outros olhares,
Só
do teu fiquei cativo.
Por
isso a verdade nua
Este
tormento contém:
Minh’alma
não sendo tua
Não
será de mais ninguém.
ALBERTO
NEPOMUCENO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, críticas e outras coisas...