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Veterinário
Emílio de Menezes achava-se uma vez, à tarde, na Confeitaria Colombo, em companhia de um jovem conterrâneo do sul, recém-formado em medicina.
Nesse momento aproxima-se um
conhecido.
Emílio apresenta o esculápio ao adventício:
— O meu amigo e conterrâneo do Dr.
Fulano.
— Advogado? pergunta o recém-chegado.
— Não, tornou o Emílio, veterinário.
— É brincadeira, volveu logo o esculápio.
Eu sou médico. O Emílio me chama veterinário, porque eu estou tratando dele...
Dessa vez pelo menos o satírico poeta se
deu mal.
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Revista Careta,
26 de abril de 1920
Pesquisa e adaptação ortográfica: Iba Mendes (2019)
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