8/11/2016

A contradição do Karnal



A contradição do Karnal

Em uma de suas palestras, o historiador Leandro Karnal (atual professor da UNICAMP), rotulou os leitores da revista Veja de “absolutamente fascistas”, acrescentando ainda que este mesmo leitor é “tapado em qualquer sentido”.

A contradição do famoso professor é basicamente igual a de todo ideólogo esquerdista, residindo entre o discurso e a prática.  O tipo de pessoa que usa o seu iPhone para criticar o consumismo e que fala em revolução proletária mas desde que com os bens alheios.   Ao tecer críticas aos leitores de Veja, Karnal revelou sua incoerência em proporção marxista. Ora, como alguém que concede entrevista para Jô Soares e Ronnie Von, que participa de debate na Globo News e que tem uma coluna semanal no Jornal O Estado de São Paulo pode etiquetar pejorativamente os habituais ledores da revista Veja? Sim, pois, será possível distinguir política e ideologicamente os Mesquitas, os Civitas e os Marinhos?

É claro que o simples ato de se ler a revista Veja (ou qualquer outro periódico) não torna ninguém fascista. Por razões óbvias da profissão, o querido professor já deve ter lido, por exemplo, Mein Kampf, e nem por isso se tornou um nazista. Uma pessoa pode ler uma revista por infinitas razões, inclusive para criticá-la. O fato de alguém ler a Bíblia de Gênese a Apocalipse não o torna um fundamentalista religioso. Na verdade, uma mente madura pode ler qualquer coisa, de bula de remédio ao Livro de São Cipriano, e ainda assim tirar algum proveito disso, nem que seja a simples ampliação vocabular. Restringir e criticar determinadas leituras por questões ideológicas ou porque qualquer outra razão, é um pensamento retrógrado e absolutamente incoerente à liberdade de expressão.

Mas ao que parece o nosso professor sucumbiu irresistivelmente às delícias do vil metal.  Fama e dinheiro é o que melhor sintetiza o sonho capitalista. Apenas um povo pode resistir: são os mortos!


É isso!



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Por: Iba Mendes (Agosto de 2016)

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