8/22/2016

Filosofia de Moral



Filosofia de Moral

Dentre outros sentidos de moral, um deles diz tratar-se de um conjunto de regras de conduta estabelecidas e admitidas por um grupo social numa determinada época. Daí se conclui que o conceito de “moral” é concomitantemente atemporal e cultural.   Assim como a moral de hoje não é a mesma de 100 anos atrás, também não é idêntica para brasileiros e chineses. É certo que entre os diferentes povos, a moral distingue-se por fatores relacionados à tradição, como os usos e costumes: o tipo de alimentação, a maneira de vestir, o modo como demonstram os sentimentos, as religiões que professam, a definição de pecado, a música, a arte, a literatura, a língua, as leis, o sistema político etc. Desta forma, o que para um determinado povo é imoral, para outro pode ser a encarnação da própria virtude.  Mesmo entre um determinado povo o conceito de moral pode variar distintamente entre seus diversos grupos sociais, não obstante se falar a mesma língua e se observar a mesma lei. Um valor moral não se estabelece de um dia para o outro, também não é fruto da conveniência de grupos majoritários ou de governantes; em vez disso, é o resultado acumulado e modificado de toda uma longa geração.  E, embora um valor moral possa se transformar ao longo das eras, ele jamais deixará de existir. Um ser plenamente consciente de seus valores não se deixa corromper mesmo que se lhes apresentem condições favoráveis para ser corrompido. A hipótese da invisibilidade é o que melhor demonstra esta premissa.  Uma pessoa cujo valor moral é norteado pela prática da honestidade, não se sentirá induzida ao furto ainda que se torne invisível. Um valor moral é, portanto, determinado pela própria consciência, e neste aspecto pode se lhe atribuir o caráter de “absoluto”. Isso não significa, entretanto, que ele não possa ser subvertido por um “preço”. Posto que isto venha acontecer, será à revelia da própria consciência, o que implicará também que se pague por isso um alto “preço”. É o que denomino de “o preço da consciência”.  Um “preço” suficiente para se  perder noites de sono; o preço da dignidade. 


É isso!

 
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Por: Iba Mendes (Agosto, 2016)

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