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INOCÊNCIA
Como
a professora de piano trouxera uma caixa de bombons para a sua aluna e esta ficara, como toda
criança, meio confusa, sem saber o que devia
fazer, a sua mamãe, socorreu-a, bondosa:
— Vamos, Lenita, como é que se diz?... Muito...
—
Muito obrigado, professora...
— Parabéns!!! e agora, filhinha, dá um beijo
nela!... Vamos lá!...
—
Não, mamãe, beijo não dou...
— Por
que, filhinha?... Que coisa feia!...
— Porque
tenho medo...
—
Medo, menina? Tu tens medo de Dona Zezé?
Não vês que que ela é tão boazinha e gosta tanto de ti?...
E
a garotinha, constrangida e meio chorosa, desabafou:
— Tenho,
sim! Tenho medo que ela me faça como fez ontem com o papai: ele deu-lhe um
beijo ali no corredor, e ela deu-lhe uma bofetada bem no meio na cara...
Jornal "O Estado", 1936.
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