O BOM PAI
Negócios importantes retinham um
bom pai de família na cidade; sua esposa e seus filhinhos viviam longe dele em
uma casinha de campo. Um dia ele enviou aos meninos uma grande caixa cheia de
lindos brinquedos, acompanhados de uma carta, que assim dizia: “Meus queridos
filhinhos. sede sempre bons e piedosos, que eu vos prometo virdes para a minha
companhia. Alegrai-vos, porque ainda conservo muitos brinquedos preciosos na
casa que preparei para vós”.
— Quanto é bom o nosso papai! diziam
os meninos. Quanta alegria dá ele aos nossos corações! Nós também o amamos
muito, e, embora não o possamos ver e pouco nos lembremos do seu rosto, faremos
tudo que ele nos diz na sua carta, para lhe darmos assim uma viva satisfação.
Oh! que prazer teremos de ver ainda uma vez o nosso papai!
— Queridos filhinhos, lhes disse sua mãe, o bom Deus faz com os homens o mesmo que vosso excelente pai faz convosco. Nós não o vemos, é verdade, porém recebemos dele mil benefícios preciosos. Por esse motivo conhecemos o seu amor: o sol, a lua, a estrelas, as flores, os fruto se todas a produções da terra são dele. A Escritura Santa é uma carta pela qual nos manifesta a sua vontade e promete receber-nos um dia no céu; é ali que nos esperam ainda dons mais magníficos e prazeres mais puros do que aqueles que gozamos na terra. Amemos o criador com toda a efusão do nosso coração, meus filhos, façamos sempre a sua vontade, e nutramos a doce esperança de sermos para sempre admitidos no céu, onde o veremos de perto, e onde nossa alegria será inexplicável.
Se quisermos neste mundo
Obter a felicidade,
Entreguemos nosso amor
Ao puro Deus de bondade.
Tradução de Nuno Álvares.
Iba Mendes Editor Digital. São Paulo, 2023.
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