4/20/2025

Na Revolução de 1842 (Conto histórico), de Paulo Setúbal

 

 NA REVOLUÇÃO DE 1842


17 de maio de 1842. A cidade de Sorocaba amanhecera em alvoroço. Há tropas pelas ruas. Rufos de tambores. Clarins. Repicam todos os campanários. O sino grande da cadeia toca o rebate.

Que é?

O povo corre com ânsia. Vem tudo, burburinhando, ver o que há. A Câmara está reunida. Grande sessão extraordinária. Preside-a o velho Joaquim Lacerda. Andam por ali, fardados, os oficiais da guarda. Muitos vereadores. Todas as autoridades civis no recinto. Populares atulham corredores e saguões. Que formigar de gente!

José Joaquim Lacerda ergue-se. Na estranha assembléia, do povo, com a assustadora aprovação dos militares, exclama:

“Senhores! D. Pedro II, imperador constitucional do Brasil, é hoje dominado por certa facção política que vai levando o Império às bordas do abismo. Ainda mais: essa facção está reduzindo a província dês. Paulo ao mesmo estado mísero das províncias do Ceará e da Parnaíba. Isto, senhores, graças à administração tirânica desse procônsul que vem, em nome daquela facção, oprimindo e escravizando a nossa terra.”

“Diante dos fatos, que são notórios, eu alvitro, como medida de salvação pública, que coloquemos novo presidente à testa dos negócios da Província. Este presidente governará São Paulo até que o augusto Soberano, livre da facção que o coage, escolha outro ministério da confiança nacional.”

 Silêncio fundo. A multidão ouve, com espanto, as palavras do velho. Aquilo é gravíssimo, José Joaquim Lacerda continua:

Senhores! Eu proponho que, por unanimidade, aclamemos presidente da nossa província o coronel Rafael Tobias de Aguiar.

Levanta os braços no ar. E com retumbância:

Viva o presidente Rafael Tobias de Aguiar!

Os conjurados — vereadores, militares, autoridades, gente de prol, todos com um brado só:

Viva Rafael Tobias de Aguiar!

 José Joaquim Lacerda nomeia a seguir, a comissão que deve ir buscar o presidente aclamado.

Tobias de Aguiar, há dias instalara-se em Sorocaba. O celebrado político mora ao lado. Mora na casa de D. Gertrudes Eufrosina do Amaral.

A comissão sai. Torna em breve com o Coronel Tobias. Ao vê-lo, erguem-se todos. Reboam palmas. Vivas frenéticos.

José Joaquim de Lacerda na presidência, defere ao chefe destemeroso o julgamento de honra. Tobias, sobre os santos Evangelhos, jura. José Joaquim Lacerda, com o ritual do estilo, empossa-o no cargo de presidente.

O revolucionário lança então, solenemente, naquela sessão histórica da Câmara de Sorocaba, o seu manifesto à nação.

“Paulistas! Os fidelíssimos sorocabanos acabam de levantar a voz: escolheram-me para presidente da província. Estou eu aqui para debelar essa hidra de trinta cabeças que vem devorando o país. Estou eu aqui para libertar a província desse procônsul que vem postergando as leis mais sagradas, Paulistas…”

Continua, flamante, a proclamação incendiária. A assembléia aclama-o. Rompem os sinos. A tropa faz a salva de 18 tiros.

Rafael Tobias de Aguiar é, desde esse instante, o presidente ilegal de São Paulo. É ele, com seu alto prestígio, o chefe da rebelião paulista de 1842.

* * *

Por que rebelião?

O primeiro ministério da maioridade fora liberal. Tinha, no seu seio, três nomes, pelo menos, nacionalmente simpáticos; Antônio Carlos, Martin Francisco, Limpo de Abreu.

Esse ministério, com desgosto da nação, pôs-se a politicar rasteiramente. Empenhou-se, de corpo e alma, em eleger uma câmara sua. Eleger deputados, visceralmente liberais. Fez, para isso, coisas de pasmar: removeu juízes, suspendeu funcionários, demitiu chefes de polícia, deitou abaixo catorze presidentes de Província!

Uma derrubada em regra. Avolumaram-se, no país inteiro, descontentamentos vermelhos. Houve celeumas bravas. O ministério impopularizou-se integralmente.

Eis que surge, nos vaivens políticos, este caso pequeno: a retirada do comandante das armas do Rio Grande do Sul, Aureliano Coutinho é pela medida. Os outros ministros, não. D. Pedro, diante da divergência, aproveita do ensejo para desfazer-se do ministério, Demite-o.

Saem os liberais do poder. Mas saem tranqüilos. Saem com essa risonha segurança de quem tem, para o próximo ano, a Câmara nas mãos.

 

Os conservadores, subindo ao poder, não começam por vinganças reacionárias. Nada de violências. Tratam apenas, nesse fim de legislatura, de conseguir ainda duas leis: a reforma do processo criminal e a criação do Conselho d´Estado. Conseguem-nas.

Contra essas duas leis, batem-se furiosamente os liberais. Transformam-nas em tela da oposição. Jamais a reforma do processo criminal. Jamais o conselho d´Estado! Querem os oposicionistas, a toda força, que o governo protele a promulgação delas até a abertura do parlamento.

— Empossada a nova Câmara, apregoavam os liberais, as duas leis imediatamente derrogadas!

Mas o governo não cede. No Rio, à vista disso, trama-se a revolução. Teófilo Ottoni e Limpo de Abreu fundam o centro político que urde e insufla o levante. São duas as províncias minadas pelos revolucionários: S.Paulo e Minas. E os emissários da corte, infatigavelmente, começam a trançar pelas duas terras rebeladas.

* * *

Rafael Tobias de Aguiar, era, pela segunda vez, presidente de São Paulo. Político, fora ele sempre liberal. Liberal Vermelho. Liberal dos mais exaltados.

Quando caiu o gabinete dos seus correligionários, Rafael Tobias quis demissionar-se. O ministério, por intermédio de amigos, susteve-lhe o gesto. E o presidente ficou.

Os conservadores, porém, não aceitaram, de cara alegre, a estada do liberal no poder. Houve na província grita desabalada. Os situacionistas, junto ao ministério moveram céus e terra. Clamaram. Protestaram.. Exigiram. Foi preciso atende-los. O ministério não teve por onde sair: demitiu o presidente Tobias.

 

Infelizmente, não foi só. O governo, por essas alturas, promulgou as duas leis detestadas que tinham sido a causa primária da reação.

Fez mais: dissolveu a Câmara que os liberais haviam eleito.

Aquelas medidas, bem se vê, desencadearam tempestades. Atiçaram fúrias. Acutilaram.

A idéia do levante, desde então, engrossou temerosamente. Corporificou-se. Em São Paulo, mais do que em nenhuma parte, cresceu ela para a realização.

Rafael Tobias encabeçou o movimento, Entendeu-se com Itu, com Itapetininga, com Porto Feliz, com Campinas. Aprestou tudo.

Demitido, Rafael passara o poder ao vice-presidente Alvim. Este não agradou aos conservadores. Teve que passá-lo ao padre Pires da Motta. Este permaneceu três meses no poder. Teve, por sua vez, que passá-lo ao Costa Carvalho, barão de Monte-Alegre Carvalho era político altamente partidário. Trabalhava desmascaradamente pelos parceiros. Tornou-se com isso, está claro, o alvo dos ódios liberais. Era, na expressão favorita dos insurgentes “o procônsul que vinha escravizando a província….”

 O movimento fora tramado abertamente. Tramado com desassombro. Costa Carvalho, Senhor do plano, pode, como facilidade, sustá-lo na capital. Mas não pode sustá-lo no interior. Eis por que, naquela manhã de maio de 1842, estalara em Sorocaba, o grito revolucionário.

* * *

Seriam nove horas da noite. Na casa de D. Gertrudes Eufrosina, em torno de Rafael Tobias, estão reunidos os companheiros. Lá está o Dr.Gabriel Rodrigues dos Santos, secretário do governo rebelde. Lá está o velho José Joaquim Lacerda. Lá está o português Mascarenhas Camello. O Vicente Eufrásio.O Manuel Campolim.

Fervem os comentários em torno das notícias. As notícias são ruins. É verdade que Porto Feliz aderira com o Dr. João Viegas. É verdade que Itu igualmente aderira com Tristão Rangel. Mas é só.

Tatuí levantara-se pela causa imperial. Levantara-se e baterá já, num pequeno encontro, a coluna que Rafael Tobias para lá mandara.

Não ficava aí, desgraçadamente. Campinas, por sua vez erguera-se pela causa imperial. Jundiaí, também.

Unido a isso, mais do que isso, aterrorizando, ecoara na Província a grande notícia: o barão do Caxias desembarcara em Santos! E Caxias vinha descendo serra abaixo, com o Exército Pacificador, a combater o Tobias!

Os revolucionários discutem. Vêm à tona probabilidades. Esperanças de socorros. Adesões.

Nisto, um oficial atravessa o salão. Aproxima-se de Tobias. E em voz baixa:

— Acaba de chegar aí um padre. Quer falar com urgência ao senhor.

— Padre?

— Sim, um padre de muletas, meio paralítico. Insiste em querer falar com urgência.

— Que entre!

O oficial torna. Cai rápido silêncio. Anseiam todos por ver quem é. Eis que a porta se abre de novo. O militar faz um gesto ao chegadiço:

— Entre!

O padre entra. Rafael Tobias, ao vê-lo, ergue-se bruscamente. Radioso, com um brado de alvoroço:

— Padre Feijó!

Era o Padre Diogo Feijó. Era o ex-regente do Império, já velho, de muletas, que vinha, impávido, alistar-se entre os revolucionários.

— Sou eu, coronel Tobias! Vim também combater a corja. Que grandíssimos canalhas!

Ali, abrindo-se os braços, o padre e o presidente abraçaram-se com efusão.

* * *

Por aqueles dias ásperos, dias de sobressalto e angústia, estranho bando de viageiros cavalgava, aflitamente, a caminho de Sorocaba. Devia, pelos ares, ser gente de prol, Cavaleiros, pajens, escravos, duas liteiras

No meio do bando, destacando-se vinha uma senhora de aspecto arrogante. Era senhora outoniça, quarenta anos, mas ainda marcadamente formosa. Trajava elegantíssimo amazona, azul-ferrete. Montava belo zaino de crinas encaracoladas. O cilhão era de veludo carmesim. Os estribos de prataria lavrada.

Estavam eles na altura de São Roque. Haviam cavalgado às tontas por picadas brutas. Haviam errado o caminho mais duma vez. Estavam todos empoeirados. Tinham o ar cansado. Mas lá iam, persistentes por caminhos ruins, vencendo estorvos, rumo a cidade rebelde.

É quase noite. De súbito, na curva da estrada, surge a velha morada. Casarão chato da fazenda. A dama vira-se para um dos cavaleiros:

— Felício, vamos pedir pousada ali. Amanhã cedo continuamos a marcha…

— Tem razão, mãe. Já é quase noite. Vamos pedir pousada.

Enveredam-se pela mangueira. A dama e o moço saltam dos cavalos. Sobem a escada da varanda. O moço:

— Ó de casa!

Aparece à porta um homem. É o fazendeiro. Ao dar com a dama, o homem arregala dois olhos espantados:

— Oh, senhora Marquesa!

E ela:

— Viemos pedir-lhe pousada. Queira desculpar-nos. Mas é noite, e eu trago crianças na liteira.

— Com muita honra, senhora Marquesa! Com muita honra! Entre, minha senhora! Entre, faça o favor…

Quem era a estranha senhora? Quem era aquela dama, a Marquesa, que o fazendeiro recebera com tão borbulhantes deferências? Não é difícil adivinhar:

— Era a senhora Domitila de Castro, Marquesa de Santos.

A famosa paulista, com os filhos seguia num atropelo, para Sorocaba, postar-se destemerosa ao lado do presidente revolucionário.

* * *

Em 1829, romperam-se definitivamente os amores de D. Pedro I e da Marquesa de Santos. A paulista que fora a mulher mais apoteosada do Brasil, veio instalar-se com pacateza na sua cidade natal.

São Paulo recebeu-a com honrarias. Circundou-lhe de estrondosas homenagens a personalidade altíssima. A sociedadezinha da província, ainda deslumbrada, curvou-se diante da enlouquecedora da corte.

 

 Alberto Rangel, entre muitas, dá estas curiosas notas mundanas:

“Nunca faltavam à Marquesa, pelo correr dos tempos, em S. Paulo, as mais lídimas e iniludíveis provas de apreço e admiração, passasse ela a pé, no seu banguê ou sege, ou assomasse ela nos camarotes dos teatros e nos salões da fidalguia local. O tenente coronel Jordão mandava prestar as continências, quando a tropa passava à vista da Domitila. O barão de Iguape delegava a filha, D. Veridiana, uma vez ou outra, para ir saudar tão ilustre e prezada personagem”.

Em meios dos rapapés, havia aqui e ali, vozes destoantes. Havia intransigentes, almas azedas, que não se conformavam em cortejá-la. Diziam ao vê-la na cadeirinha dourada, com iras surdas.

— A moça do Imperador!

Pouca gente era assim.

Entre essa pouca gente estava o presidente da Província. Estava o Rafael Tobias. O político detestava a marquesa. Tinha antipatias profundas. Antipatias não acentuadas, que para achincalhá-las, botou numa escrava fujona o nome de Domitila.

 Mas o destino é sem entranhas. Mete os homens, por gracejo, nas arapucas mais ridículas.

A Domitila possuía feitiços embriagadores, seduções irresistíveis. Aquela mulher, não há dúvida, devia ter bruxarias infernais. Pois só assim é que se explica a reviravolta miraculosa: um dia, com assombro de toda a gente, Rafael Tobias e a Marquesa de Santos principiaram a viver como marido e mulher! Estavam de cama e mesa.

Foi assim por anos.

Eis que arrebenta a revolução de 42. A Marquesa batalhou para que o Tobias não se envolvesse na rebelião. É a filha da Marquesa, a Condessa de Iguaçu, quem no-lo conta:

“Eu ouvi Mamãe dizer muitas vezes: Tobias, esta revolução há de nos dar muitos desgostos. Não se meta nela! Que tem o Feijó a perder? Nada! Mas você tem tudo”…

 Rafael Tobias não ouviu a Marquesa. Meteu-se no movimento. A Domitila, contudo, não o abandonou. Mal sabe a mulher fatal dos perigos que corre o amante, não trepida: deixa São Paulo, larga a sua casa, mete os filhinhos na liteira, pula para riba do zaino, e sem medir trabalhos, lá vai por léguas de caminhos bravos, sob soalheiros tostantes de agosto, aconchegar o revolucionário com as quenturas do seu carrinho.

Quem podia lá resistir a uma mulher assim?

* * *

 As coisas iam rudemente desastrosas para os insurgentes. As tropas sublevadas foram batidas em São Roque. Foram batidas em Jundiaí. Foram batidas em Campinas, Caxias com o seu exército, despenhara-se de Santos a Sorocaba. Estava iminente a sufocação do movimento.

Rafael Tobias viu claro a situação desesperadora. Não havia meio de resistir.

 O revolucionário, naquele momento pungente, o revolucionário, homem de coração, relanceou um olhar de angústia à companheira fiel. Era ela, não havia negar, negar, a amiga certa, da hora incerta. Era a ela a confortadora da sua desdita. Era ela a compartidora de seu feito. Era ela, mais que tudo, a mãe de seus filhos. Não, Rafael Tobias não podia deixá-la ao vilipêndio! Qual seria a sua sorte? Impossível de prever. Por isso mesmo, no momento cruel, ele precisava soerguê-la. Ele precisava honrá-lo com o seu nome.

O político tomou uma resolução afrontosa. Bela resolução de cavalheiro.

Nessa tarde, no oratório particular de D. Gertrudes, armaram às pressas um altar. Enfeitaram-no de rosas. Diante dele, quase em sigilo, desenrolou-se curiosa cena histórica.

Maria Isabel, Condessa de Iguaçu, última filha da Marquesa de Santos e de D. Pedro I, é quem relata aquele sucesso íntimo. Vem ele, com miudeza, nas “memórias” da bastarda.

Sim, aquela desgraçadíssima filha de D. Pedro deixou, à sua amiga Emília, o manuscrito da sua vida. É horrendo como português, mas saboroso como nota humana. Começa assim, o modo de prefácio:

“Minha Amiga Emília, Pedes-me que te conte a minha história, isto é, a minha vida. Vou te fazer a vontade. Vais ver nela que cabe bem, à triste filha bastarda de D. Pedro I, o ditado que diz: bem nascida, mal fadada, M. Isabel.

E vem o título, romântico:

História da vida da filha bastarda do Sr. D. Pedro I

 A condessa de Iguaçu, conta, naquelas desoladas páginas, o que, a menina ainda, presenciara nessa grande tarde de Sorocaba. Fale a bastarda com o seu falar pitoresco:

— Um dia vi que estavam preparando o altar da casa de D. Gertrudes. Perguntei à Mamãe porque é que estavam armando o altar. Ela me disse que era para um batizado. É verdade que houve esse batizado; mas não foi só. Antes eu vi sair Mamãe muito bem vestida do seu quarto; o Rafael também sair muito bem vestido, de casaca. Eu fiquei olhando, e assim a minha sobrinha Escolástica. Era cinco horas. Vimos Mamãe, o Tobias e o padre capelão da casa, se dirigirem para o altar. Principiou a cerimônia. Eu vi então que Mamãe ia se casar…”

 Sim, no oratório particular de D. Gertrudes, em Sorocaba, naqueles dias de perigo, dias procelosos de revolução, ante a tropa ameaçadora de Caxias, que vinha num arremesso sobre a cidade, o Coronel Rafael Tobias de Aguiar, presidente rebelde da província, casou-se com D. Domitila de Castro Canto de Mello, Marquesa de Santos, a mulher mais formosa do Brasil.

 O ato foi extremamente singelo. Quase em segredo. No entanto para bem acentuá-lo como episódio histórico, houve, naquela simplicidade, esta nota pictural: assistiu a ele o Regente Feijó. Teve assim a Marquesa de Santos como padrinho, mesmo num casamento de revolução, a figura culminante do padre formidável.

* * *

Dias depois, entrava Caxias em Sorocaba. Encontrou a cidade deserta. Tobias fugira. Os vereadores fugiram. Os militares fugiram. A tropa fugira.

Só não fugiu um homem. Um só! Foi o único que não se enfileirou na debandada: o padre Diogo Feijó.

Caxias não consentiu que os oficiais o prendessem. Tomou a si essa tarefa. Dirigiu-se em pessoa, à casa do revoltoso.

Lá conta a História o diálogo dos dois homens.

Caxias:
— Só o dever do soldado me impõe a dolorosa pena de prender o Senador Feijó, um dos chefes da revolução”.

Feijó:
— “Estou às suas ordens, general. Mas olhe. O senhor é moço; aprenda no que está vendo, o que é o mundo: ontem, no governo, eu nomeava o Sr. Lima e Silva major do corpo de permanentes; hoje o Sr. Lima e Silva, general, quem vem prender o velho Feijó, já moribundo”!

E entregou-se à prisão.


---
Um projeto de: 
Iba Mendes Editor Digital. São Paulo, 2025.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sugestão, críticas e outras coisas...