Segundo recentes pesquisas, o percentual dos eleitores que acham a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ótima ou boa é de 75%, e nada menos do que 86% aprovam sua maneira de governar.
O que, afinal, faz do governo de Lula uma quase unanimidade popular, num país onde a pobreza e a miséria persistem como uma gangrena terrivelmente mal tratada? Como entender que, numa nação com um tão elevado índice de violência, um governante seja assim tão popularmente aclamado? Quais as razões para se elevar o prestígio de um político quando a saúde, a educação e a desigualdade social do país encontram-se numa situação de caos deplorável?
Bem, para início de conversa, faz-se mister realçar que unanimidade e popularidade nunca foram sinônimos de progresso, e jamais refletiram benfeitorias sociais e políticas numa determinada nação. O ditador iraniano Mahmoud Ahmadinejad, por exemplo, tem lá uma alta aclamação popular em sua terra, contudo, tal fato em si não possui nenhuma significância diante da calamitosa realidade em que vivem a população daquele país. Durante o governo de Getúlio Vargas, sua estima pública era de uma concordância quase geral no Brasil, todavia, esta situação apenas servia de camuflagem para sua política populista e hipócrita: o pai dos pobres e a mãe dos ricos!
A popularidade e a quase unanimidade de Lula parecem guiar-se por semelhantes atalhos. Entre os pobres, pelo assistencialismo, muito bem tipificado em programas tais como o Bolsa Família e o Fome-Zero (estive recentemente no nordeste e pude averiguar a relevância dessas medidas populistas para os sofridos moradores daquela região). Entre a classe média, explica-se, entre outros motivos, pela facilidade aos bens de consumo (tornou-se fácil adquirir-se um automóvel em 360 “suaves” prestações). Já entre a classe rica, aquela que mais se beneficiou com a política vigente, faz-se compreender pela manutenção de uma política econômica de juros exorbitantes (minha vizinha comprou um computador e ao fim das prestações pagará 50% do valor real em juros). Nunca os bancos tiveram tanto lucro como atualmente. Como diz a canção: “estão rindo á-toa”!
Não sou anti-petista nem defendo qualquer outra ideologia política. Apenas me recuso a ser embalado pelo "suave" canto da sereia de um Lula, que - politicamente - desfigurou seus ideais socialistas em prol de uma elite sanguessuga, que apenas está preocupada em "comprar café e vender Nescafé".
É isso!
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Por: Iba Mendes (julho, 2010)
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Por: Iba Mendes (julho, 2010)
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