Juca Kfouri e a elite hipócrita
Com o título “O panelaço da
barriga cheia e do ódio”, o jornalista Juca Kfouri não só polemicou nas redes
sociais como, também, deixou claro sua posição ideológica no cenário político
brasileiro: ele é da Esquerda, não faz parte da “elite branca”. Em vez disso, é
da “elite hipócrita”, elite esta que se vangloria em tecer crítica ao
“capitalismo selvagem” enquanto se conecta ao mundo com seu “iPhone” e sorve
deliciosamente um “Dow Vintage Port” numa bela mansão com vista para o mar! É
o socialista tipo Chico Buarque, que adora Cuba, mas prefere curtir uma tarde no
Café la Favorite, na Rue de Rivoli, em Paris.
No artigo acima, publicado no seu
blog, escreveu Juca:
“O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.”
Ora, como o Juca sabe que o tal
“panelaço” não se deu contra a corrupção? Sim, afinal, que dados estatísticos
ele se utilizou para chegar a esta rigorosa conclusão? E mais: o que o levou a inferir
com tamanha precisão que o soar das panelas se deu apenas e tão somente entre a
tal “elite branca”?
É bem provável que o Juca tenha
escutado o estalar das panelas do seu próprio apartamento, obviamente rodeado
desta “elite branca”, na qual ele se insere, mas da qual não faz parte. É bem irônico!
E conclui ele:
“Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com
esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o
trânsito e disputando vaga na universidade.”
A mim, que não sou da tal “elite
branca” e que moro na periferia de São Paulo, soa bem estranho ler de alguém que
estudou na USP e que ganhou fama e muito dinheiro na Editora Abril, vir a
público com esse discurso franciscano, a la Madre Teresa de Calcutá.
Aliás, cabe perguntar: quando diretor da revista Playboy quem o Juca privilegiou para tirar a roupa? Não foram por acaso as beldades da chamada "elite branca"?
Aliás, cabe perguntar: quando diretor da revista Playboy quem o Juca privilegiou para tirar a roupa? Não foram por acaso as beldades da chamada "elite branca"?
E, por fim, ao acusar a “elite
branca” de odiosa, não estria ele destilando também seu pequeno ódio e esta
mesma “elite branca”?
Bom. Se canja de galinha não faz mal a
ninguém, coerência também não!
É isso!
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Por: Iba Mendes (Fevereiro, 2015)
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Por: Iba Mendes (Fevereiro, 2015)
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