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O NARIZ
Um cavalheiro que tinha o infortúnio de possuir um formidável nariz, conseguiu, certa vez num baile estabelecer uma conversação com uma dama finissimamente elegante e muito bem-humorada, a quem vivia cortejando.
Radiante com a oportunidade feliz que lhe deparava, o cavalheiro principiou o galanteio com coragem:
— A senhorita vai perdoar-me, mas... eu tenho que lhe falar sobre uma coisa muito comprida...
A dama que não suportava o seu interlocutor, não perdeu a calma e, galhofeiramente, respondeu a queima-roupa:
— Ah! Já sei: o senhor vai falar-me do seu nariz, não é?...
Jornal “O Estado”, 1936.
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