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Um maluquinho, que trazia a
cabeça rapada, não podia suportar as moscas que lhe pousavam em cima e lhe
davam constante desassossego.
Lembrou-se — sabem de quê? — de
ir a juízo apresentar uma queixa contra as moscas que tanto o incomodavam.
O Juiz, que bem o conhecia e
estava para se rir um bocado, atendeu-o com toda a seriedade e no fim deu por
sentença: — que onde quer que ele visse uma mosca podia usar do seu direito e
dar-lhe uma paulada.
O maluquinho, que isto ouviu,
olha para a cabeça do Juiz, vê uma mosca pousada, e zás! Ferra-lhe uma tão
grande pancada que o deixou como morto.
Prenderam-no e queriam julgá-lo,
mas ele defendeu-se com a sentença que lhe mandava dar uma paulada nas moscas
onde quer que as visse. Não tiveram remédio senão deixá-lo em liberdade.
Bem certo é que com tolos nem
para o céu.
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Fonte:
Ana de Castro Osório: “Contos, fábulas, facécias e exemplos da tradição popular portuguesa” (editado a partir da edição da Bibliotrônica Portuguesa)
Fonte:
Ana de Castro Osório: “Contos, fábulas, facécias e exemplos da tradição popular portuguesa” (editado a partir da edição da Bibliotrônica Portuguesa)
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