Formou-se Taunay bacharel em Letras peio Imperial Colégio de Pedro II, e em Ciências Físicas e Matemática pela antiga Escola Central, onde doutoravam os engenheiros militares.
Tomou
parte na expedição que se destinou a repelir invasores da província de Mato Grosso,
sendo obrigado a retirar-se de Laguna pela abominável cavalaria antagonista,
episódio sobre o qual o Visconde de Taunay escreveu uma preciosa e vultuosa
obra em francês, sob o título "La Retraite de Laguna", livro que todos
os brasileiros deveriam ler. Voltou ele à Guerra do Paraguai com o quartel-general
do Imperador D. Pedro II, tomando parte na Batalha Rio Grande.
Sempre
lutando em benefícios do progresso do Brasil, Taunay, que já fora deputado por
Mato Grosso, simpatizado pelo povo catarinense, foi eleito presidente de Santa
Catarina, governando-a com extremo brilhantismo, sendo ainda eleito a Senador pela
mesma província, deixando então o serviço do exército com o posto de major.
Enveredou-se,
depois, pelo mundo das letras, o que mais elevou seu nome, por haver páginas
clássicas, tais como, alem de Retirada da
Laguna, Inocência, Céus e Terras do Brasil, Mocidade de Trajano, No Declínio etc., e mais algumas
traduções.
Enfim,
Alfredo D'Escragnolle de Taunay, foi, na política, um homem ilustre, um herói;
na tribuna, um gigante que se conservou sempre ereto; no romantismo um
edificador, deixando, deixando suas plenas páginas ilustradas de virtudes, os
gestos de sua pátria.
Morreu
o Visconde de Taunay repentinamente, atacado por tumor maligno, aos 55 anos de
idade.
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"À Noite", 6 de março de 1943.
"À Noite", 6 de março de 1943.
Pesquisa
e adequação ortográfica: Iba Mendes (2019)
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